Uma das principais lideranças da direita, o pastor Silas Malafaia minimizou o papel de Eduardo Bolsonaro nas sanções dos Estados Unidos que podem atingir o ministro Alexandre de Moraes e outras autoridades brasileiras. Malafaia deixa claro que considera o movimento do governo Trump diretamente ligado a big techs e a “americanos poderosos” com quem o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) mexeu.
— Esse movimento (de sanções) não tem nada a ver com Eduardo Bolsonaro, com todo respeito. Tem a ver com big techs, cidadãos americanos e residentes na América. Quem é Eduardo Bolsonaro para fazer o governo americano tomar decisões? Com todo respeito, gosto muito dele, mas isso não tem nada a ver com Eduardo. São ações de um governo soberaníssimo. Isso não é um feito do Eduardo e sim dos poderosos americanos com quem Alexandre de Moraes mexeu — afirmou Malafaia.
O pastor também criticou a investigação aberta nesta semana pelo STF que apura coação por parte de Eduardo Bolsonaro sobre os ministros, ao capitanear um movimento de punições a magistrados junto à gestão Donald Trump. Para Malafaia, apesar do filho de Bolsonaro estar se colocando como o responsável pelas ações dos EUA que podem atingir Moraes e outros ministros, o pastor não vê Eduardo em posição de influênciar decisões dos EUA.
— Essa investigação é mais uma perseguição sobre Bolsonaro para tentar prendê-lo e bloquear seus bens. Para com isso, gente. O que Bolsonaro tem a ver com a decisão do governo americano? Repito: quem é Eduardo Bolsonaro para fazer com que o governo americano tome posições? — questionou Malafaia.
Bela Megale/O Globo