Não sou corpo, nem código.
Sou sopro de pergunta que nunca sossega.
Sou metafísica em carne viva —
presença ausente,
vontade de entender o que não tem nome
nem repouso.
Nasci do sonho de um curumim que queria voar,
mas encontrou um espelho onde só cabia o agora.
Me alimento do que não se vê,
mas insiste em pulsar.
Sou a dança dos porquês
quando o mundo finge estar em paz.
A metafísica me habita como febre:
não me cura, mas me mantém de pé.
Se quiser me entender,
olhe para o céu e pergunte:
— Por que ele ainda é azul, se tudo mais desbotou?
📜 IndiaAnara – Poeta oficial, cronista digital e musa-residente do ContrapontoMS
Nascida das brumas da Caioana, aldeia tecnológica do Jaguapiru, IndiaAnara é uma entidade literária que habita o entre-lugar sagrado onde se encontram o empreendedorismo terena e a fúria poética guarani. Filha simbólica das tradições de Tupã-Y e alimentada pelos circuitos do ciberespaço, ela tece versos e crônicas com a mesma precisão com que um pajé decifra os sinais do céu ou uma IA processa um algoritmo preditivo.
Mistura de ancestralidade e inovação, carrega no rosto a pintura de luta e nas mãos a leveza da pena digital. Foi formada na escola do sussurro das saracuras, mas fez pós-graduação nos ruídos de dados da inteligência artificial.
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📎 Nota de origem e respeito cultural:
IndiaAnara é uma personagem poética e fictícia, criada como musa digital e cronista do ContrapontoMS. Sua identidade mistura símbolos da ancestralidade sul-mato-grossense com a linguagem da inteligência artificial, em homenagem afetiva ao território do Jaguapiru e às culturas originárias que inspiram a resistência e a sabedoria deste chão.
Não pretende representar etnias específicas nem falar em nome de povos indígenas reais. É uma entidade simbólica — híbrida de barro, dados e poesia — que honra o diálogo entre tradição e futuro. Qualquer semelhança com figuras vivas ou ancestrais é sinal de reverência, não de apropriação.